A vulcanização no pneu é um método de reparo que se é realizado quando o mesmo tem sua lateral rasgada ou cortada devido a algum objeto na estrada ou devido a desgastes por severo uso. A vulcanização atribui novamente as qualidades físicas outrora perdida, tornando possível a reutilização do pneu do carro e da moto.
Em termos químicos, ela é a modificação da borracha obtida com a combinação de enxofre para atribuir maior resistência (à temperaturas), elasticidade e força.
A vulcanização no pneu surge como uma alternativa para quem não está em condições de adquirir um pneu novo, já que seu preço é relativamente mais barato (de 20% a 30% do preço do pneu), algumas vezes inclusive realizado de graça por borracharias para atrair clientes. Sua técnica de uso também é simples, levando no máximo três horas para o conserto do pneu.
No entanto, deve-se tomar cuidado! No Brasil, muitas borracharias realizam o processo de reparo do pneu, porém nem todos utilizam as técnicas de vulcanização. Exitem outros métodos para reparar pequenos furos e cortes que nem sempre são garantidos ou seguros, como o “macarrão”, por exemplo. Por isso, é importante, na hora que entrar em uma borracharia, deixar claro que o que você quer é realizar a vulcanização.
Como funciona o processo de vulcanização?
Após localizar o rasgo e averiguar o tamanho e o local para ver se realmente possui reparo, é feito uma raspagem com lixa do lado de dentro e fora do pneu onde se encontra a deformação. Logo após, é aplicado cola e laminado (um reforço feito de borracha que acrescenta segurança ao pneu). Também é adicionado vulcanite para atribuir ainda mais segurança durante o processo.
Aí então o pneu vai para a vulcanizadora, onde fica por cerca de três horas; uma hora esquentando, e mais duas horas para esfriar antes de tirar a máquina, do contrário, corre risco do pneu perder as propriedades físicas na qual foram adicionadas. Para unir as moléculas de elastômero do pneu, a vulcanização realiza a união em vários pontos através de ligações cruzadas dos mesmos através de calor (temperatura) e pressão. Se a exposição ao calor for excessivo, também ocorre o efeito contrário, onde começa a ocorrer diminuição das propriedades antes alcançadas pela borracha.
É seguro vulcanizar o pneu?
De todos os processos, vulcanizar é o mais seguro e confiável, mas como dito anteriormente, depende da gravidade do rasgo ou bolha. Existem outros modos de reparar o pneu, como o famoso “macarrão”, que é feito em escala aqui no Brasil. Muitos vendem como se isto fosse um reparo definitivo como a vulcanização, mas não se engane; seu propósito é fazer com que você chegue a oficina mais rápida para trocar ou vulcanizar o pneu. O processo “macarrão” funciona alargando o furo do buraco com um objeto pontiagudo e depois é injetado um remendo de fibra misturado a cola. Nesse caso, nem sempre é necessário desmontar o pneu, porém a segurança é mínima e o pneu pode perder o ar muito mais rápido. Um método para preservar ainda mais o tempo de vida do pneu e evitar a necessidade de realizar a vulcanização, é fazer o rodízio deles!
Curiosidades e meio ambiente
A vulcanização foi criado por Charles Goodyear em 1839, e recebeu este nome em homenagem ao deus do fogo romano, Vulcano. Goodyear não apenas patenteou como também determinou a temperatura e o tempo de aquecimento da vulcanização.
Porém, apesar de econômico no bolso do consumidor, sai extremamente caro para a natureza, já que se torna mais difícil determinar o tempo de decomposição da borracha do pneu vulcanizado, podendo ficar até 1 milhão de anos para se degradar no meio ambiente.